quarta-feira, 17 de junho de 2009

Férias


…e, quando já todos esfregavam as mãos de contentamento pela inacreditável antevisão da minha desistência enquanto cibernauta, eis que origino a mais torpe das desilusões:
Voltei.

Na verdade a minha ausência deveu-se a uma conjuntura (não sei se é uma conjuntura, mas achei que é uma palavra gira, que já não utilizo há algum tempo e não desfeia a prosa) engraçada.

Em primeiro lugar vi-me privada de net durante dois dias e meio sem perceber porquê; tudo estava O.K. a verdade é que lá do ciberespaço, nada.

Finalmente lá acabei por descobrir (e não fui eu, claro) que um cabo de rede havia sido desligado e mal religado. Duas situações se colocam:

- Ou os meus animais (gatos e cão), insatisfeitos com o tempo de atenção que julgam ser-lhes escamoteado nestas minhas incursões pelos blogues, e num acto de vingança inqualificável, o desligaram, tendo depois sido atabalhoadamente enfiado lá num buraquinho pela minha empregada (que os defende sempre),

- ou, mais provável, aconteceu isso mesmo mas após um puxão mais estouvado aquando das “limpezas”por estes lados.

Resolvido o problema, saio de imediato para passar quatro dias, atentem bem: QUATRO DIAS INTEIROS, de férias.

Desses quatro, quase dois, passei-os a contemplar o mar da varanda da belíssima suite, qual Teresa de Albuquerque a esvair-se enquanto o seu Simão Botelho se esfumava Douro abaixo (desculpem, mas o meu estado de espírito, às vezes era parecido) …

Enquanto isso, curtia uma trip de Aspirina (eu, não a Teresa,) dado que fiquei com um vírus que é aquilo que a gente tem quando está muito enjoada, tem frio, depois calor, dores nos locais mais inacreditáveis do corpo, pouca força e, enfim, não se sabe lá muito bem que raio é. Então é virose.

Ah, esqueci-me de referir um sintoma importante: uma vontade incrível de bater em alguém…
Sorte hein?!

A vingança, essa, há-de vir por aí…

Nota: este texto refere-se a Maio do ano passado.

sábado, 6 de junho de 2009

Susto


Hoje apanhei um susto. Não foi um susto qualquer! Não, foi mesmo um grande susto. É que quando cheguei ao meu Bernardo (é o meu computador, nem todos podem ser Magalhães, não é…) e tentei entrar no meu blogue, não consegui. Já ontem à noite alguém me tinha enviado um mail perguntando a razão pela qual tinha o blogue inacessível. Mas eu, muito sinceramente, dado o adiantado da hora, não dei muita importância pois julguei que fosse algum problema temporário do blogger e que hoje tudo estaria resolvido.

Engano meu. Logo de manhã lá vou eu toda lampeirinha, de cafezito na mão para, com a ajuda do Bernardo, dar uma vistinha de olhos pelos meus parceiros internautas preferidos e, eis senão quando, o blogue não há meio de abrir. Por mais que eu tentasse, por todas as “portas” que eu conheço, lá me deparava com a invariável mensagem: server can not be found error404.

Fui clicando nas diversas “ajudas”(?) que vão sendo propostas que nos vão empandeirando para outras “ajudas” ainda mais complexas as quais me encaminhavam para níveis muito à frente daquilo que é a minha capacidade de compreensão da coisa. Eu só sabia que estava a ser vítima do erro 404 mas não vislumbrava indícios de solução.

Claro que, entretanto, fui seguindo algumas sugestões (as que conseguia entender minimamente) e lá fui mudando passwords (agora nem sei bem quais as que mudei e as que mantive…), introduzindo códigos enviados por e-mail mas que, afinal, não me davam acesso a nada, liguei e desliguei o Bernardinho tantas vezes que até ele já estava mais lento e fazia uns ruídos estranhos, isto tudo enquanto me ia insultando até à quinta geração por ter decidido optar por um domínio próprio (já desde Julho) que eu achava ser a razão do problema.

- A mania dos modelos exclusivos! soprava eu. – Não podia ser como toda a gente! Não! Tinha que ser à fina, tinha que ter um domínio. Ainda se ao menos eu soubesse para que serve ter um domínio!!!!

Bom, a verdade é que com todas estas tentativas, este faz e desfaz, este receber quatro vezes a mesma mensagem da suposta assistência do blogger, que não conseguia pôr em prática, ter os cabelos todos em pé, a alma num frenesim e a sensação de que se me aparecesse alguém pela frente era corrido à chapada, dei-me conta que tinha passado a hora do almoço e que se aproximava rapidamente o horário de um compromisso a que não podia faltar.

Sempre em acesa discussão comigo mesma lá fui à minha vida esperando que, entretanto, se desse o milagre da desmultiplicação do erro 404.

Quando regressei, no final da tarde, e como não tinha sido abençoada nem com um laivo de milagre, a coisa continuava a não funcionar, lá me voltei a sentar e decidi mexer menos e raciocinar mais.

Foi aí que, primeiro, no mesmo domínio, criei um blogue novo o qual, espantem-se, abriu!

Então, fui ao painel do outro (a isso eu tinha acesso, só não tinha ao conteúdo) e decidi reconfigurar todas as definições do blogue. Já quase no fim, aparece-me lá um espaço que me permitia sair do meu domínio e passar para o condomínio geral (já lá devia ter passado umas boas dúzias de vezes sem ter visto) para o qual saltei imediatamente.

E foi então, queridos e pacientes leitores, que eu me reencontrei com esta peça de arte literária (e não só) que é este meu “Ponto de Cruz” do qual eu já sentia a falta mesmo que só tivesse estado perdido um dia.

Pensando que esse reencontro tinha sido um sinal que não podia ignorar, aqui estou eu a moer-vos o juízo a contar-vos com penosa e intencional lentidão as minhas desgraças de hoje.

Foi uma verdadeira segunda-feira! E quem leu isto até ao fim ou não tem mesmo nada para fazer ou tem muitos pecados a expiar…


Observação: este texto refere-se ao blog "Ponto de cruz", o meu blog principal e que se encontra no meu perfil.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Buenos Aires 1999



Buenos Aires 1988. Concerto de encerramento da rourneé a favor da Amnistia Internacional em que participou o que de melhor havia na música.

Vamos lá alegrar e "abanar esses capacetes". dançar é bom!

Endorfinas


Resultado do excesso de produção de endorfinas. Estado já bastante avançado requerendo cuidados.

Endorfinas

Tenho passado algum do meu tempo livre a fazer investigação acerca de Endorfinas. É verdade, endorfinas. E porquê? poder-se-á perguntar.

A questão é a seguinte: Já toda a gente entendeu com certeza que, ultimamente, me tenho dedicado com algum afinco e regularidade à saudável (às vezes...) prática do exercício físico em algumas das suas modalidades. Tal facto deveu-se inicialmente a recomendações médicas mas, estranhamente, agora é já por vontade, necessidade até, própria. O exercício já me faz falta!

Ora isto, para mim, não é absolutamente nada normal. Logo para mim cujo único exercício admissível até há algum tempo era a leitura de um bom livro de preferência confortavelmente sentada. Ou então, vá lá, uma boa cavaqueira com os/as amigos/as no café ou em qualquer outro local aprazível.

É então aí que, aparentemente, entram as Endorfinas.

Segundo o que apurei após um aturado trabalho de pesquisa, as ditas endorfinas são substâncias químicas utilizadas pelos neurónios na comunicação do sistema nervoso. Ou seja, são neurotransmissores.

São produzidas naturalmente pelo nosso organismo, em várias situações, nomeadamente em resposta à actividade física com o objectivo de relaxar e dar prazer, despertando uma sensação de euforia favorecedora do bem estar.

Traduzindo:

Endorfinas são uma coisa muito boa que produzimos cá dentro quando fazemos exercício e outras coisas que nos dão prazer ( hummm...) e que têm como efeito sentirmos mais prazer ainda. Ou seja é uma coisa assim do género de uma “ganza” de qualidade mas de borla e legal até porque é produzida nos nossos interiores.

Aparentemente tem um monte de efeitos, quer físicos quer psicológicos, todos eles benéficos; muito benéficos mesmo.

Têm uma vida curtinha e são eliminadas por determinadas enzimas para que não encubram eventuais problemas uma vez que também diminuem a dor.

Ora bem, pois é aí que deve residir o meu problema! Não devo ter essas enzimas e devo acumular um batalhão de endorfinas que me deixam completamente taralhouca; bem disposta, é certo, mas taralhouca mesmo.

Hoje atingi, aquilo que considero, um pico de taralhouquice preocupante: Esqueci-me de ir almoçar! Não é que me tenha esquecido de comer, não. Isso é impossível. Esqueci-me de um almoço combinado terça-feira, pasme-se, há dois dias e que, ainda por cima, se reveste de uma importância verdadeiramente especial para mim. Trata-se do encontro mensal de um grupo de amigas muito queridas que costumo designar por “Grupo cultural e recreativo das recém-aposentadas de .....”

Eu sei que estou a ficar mais velhota. Sei também que estas coisa começam a ser mais frequentes com a idade, mas quero crer que nem mesmo a idade me fará nunca esquecer um almoço! Em primeiro lugar porque, mesmo mais velha, gosto de comer. E depois porque além de estar com amigas, como posso eu perder uma ocasião com um pretexto tão bom para fazer asneiradas na minha pseudo-dieta?

Pois é, por mais voltas que dê, a culpa é das Endorfinas e não se fala mais nisso!