segunda-feira, 1 de junho de 2009

Endorfinas


Resultado do excesso de produção de endorfinas. Estado já bastante avançado requerendo cuidados.

Endorfinas

Tenho passado algum do meu tempo livre a fazer investigação acerca de Endorfinas. É verdade, endorfinas. E porquê? poder-se-á perguntar.

A questão é a seguinte: Já toda a gente entendeu com certeza que, ultimamente, me tenho dedicado com algum afinco e regularidade à saudável (às vezes...) prática do exercício físico em algumas das suas modalidades. Tal facto deveu-se inicialmente a recomendações médicas mas, estranhamente, agora é já por vontade, necessidade até, própria. O exercício já me faz falta!

Ora isto, para mim, não é absolutamente nada normal. Logo para mim cujo único exercício admissível até há algum tempo era a leitura de um bom livro de preferência confortavelmente sentada. Ou então, vá lá, uma boa cavaqueira com os/as amigos/as no café ou em qualquer outro local aprazível.

É então aí que, aparentemente, entram as Endorfinas.

Segundo o que apurei após um aturado trabalho de pesquisa, as ditas endorfinas são substâncias químicas utilizadas pelos neurónios na comunicação do sistema nervoso. Ou seja, são neurotransmissores.

São produzidas naturalmente pelo nosso organismo, em várias situações, nomeadamente em resposta à actividade física com o objectivo de relaxar e dar prazer, despertando uma sensação de euforia favorecedora do bem estar.

Traduzindo:

Endorfinas são uma coisa muito boa que produzimos cá dentro quando fazemos exercício e outras coisas que nos dão prazer ( hummm...) e que têm como efeito sentirmos mais prazer ainda. Ou seja é uma coisa assim do género de uma “ganza” de qualidade mas de borla e legal até porque é produzida nos nossos interiores.

Aparentemente tem um monte de efeitos, quer físicos quer psicológicos, todos eles benéficos; muito benéficos mesmo.

Têm uma vida curtinha e são eliminadas por determinadas enzimas para que não encubram eventuais problemas uma vez que também diminuem a dor.

Ora bem, pois é aí que deve residir o meu problema! Não devo ter essas enzimas e devo acumular um batalhão de endorfinas que me deixam completamente taralhouca; bem disposta, é certo, mas taralhouca mesmo.

Hoje atingi, aquilo que considero, um pico de taralhouquice preocupante: Esqueci-me de ir almoçar! Não é que me tenha esquecido de comer, não. Isso é impossível. Esqueci-me de um almoço combinado terça-feira, pasme-se, há dois dias e que, ainda por cima, se reveste de uma importância verdadeiramente especial para mim. Trata-se do encontro mensal de um grupo de amigas muito queridas que costumo designar por “Grupo cultural e recreativo das recém-aposentadas de .....”

Eu sei que estou a ficar mais velhota. Sei também que estas coisa começam a ser mais frequentes com a idade, mas quero crer que nem mesmo a idade me fará nunca esquecer um almoço! Em primeiro lugar porque, mesmo mais velha, gosto de comer. E depois porque além de estar com amigas, como posso eu perder uma ocasião com um pretexto tão bom para fazer asneiradas na minha pseudo-dieta?

Pois é, por mais voltas que dê, a culpa é das Endorfinas e não se fala mais nisso!

1 comentário:

Tais Luso de Carvalho disse...

rsrsrsrs, cavaqueira...sim, bate-papo! Teus textos sempre são muito bons. O desenrolar da 'coisa' prende a gente para ver o final.

Viste como estou te lendo hoje? Saí de lá e pulei pra cá... De vez em quando faço assim; pego um blog e fico.

beijos
tais