segunda-feira, 11 de maio de 2009

EU, COBAIA (Capítulo IV)


EU, COBAIA (Capítulo IV)

Chegada a casa e após algum tempo de descanso, a curiosidade pôde mais do que eu e lá vim, toda “partidinha” para a net investigar quem era esse Borg e o que representavam os diferentes níveis da escala.
Logo aí, a teclar, e tal, já estava a despender esforço de nível 6... Desculpem, mas tenho de treinar e a verdade é que os valores da escala são subjectivos...
Em relação ao Sr. Borg não encontrei nada mas em contrapartida encontrei várias escalas.
A acompanhá-las, encontrei as seguintes explicações prévias e cito:

“Apresentação da “Escala de Borg”
A tabela abaixo facilita a compreensão da alteração da Frequência Cardíaca através de nossa própria percepção corporal, durante a prática da atividades fïsicas. Ela pode ser utilizada para qualquer atividade aeróbia, sendo recomendada como uma opção prática na observação da Intensidade de esforço.
Os números de 6-20 são baseados na Frequência Cardíaca de 60-200 bpms por minuto . Sendo que o número 12 corresponde aproximadamente 55% e o 16 a 85% da
Frequência Cardiaca Máxima. “

Um bocadinho confuso e nada que me sossegue.
Depois da escala propriamente dita apareciam ainda algumas explicações adicionais que li e, diga-se de passagem, não contribuíram lá muito para me descansar. Senão vejamos:


“ Durante exercícios aeróbios nossa Frequência Cardíaca tende a subir e nosso maior temor é passar dos limites máximos suportados por nosso coração.”

Pois é, e como é que eu sei que passei os limites máximos? Quando já não respirar?
Bom, continuemos:

“Foi pensando nisso que Borg & Noble, 1974, desenvolveram esta tabela, relacionando nosso cansaço durante o exercício com o aumento da F.C., tornando fácil nosso controle da intensidade nos exercícios.”

Afinal os senhores se calhar até querem facilitar!... Vamos lá ver:


“Geralmente, quando somos sedentários e inexperientes não temos muita noção do que seja um exercício fácil , exaustivo etc... achamos que tudo está cansativo. É mais dificil no início identificarmos esta diferença , mas com o tempo e a prática vamos estabelecendo uma sensação adequada para cada um deles . Segundo AFAA, 1995, se mantivermos nosso exercício dentro da faixa vermelha estaremos nos exercitando consequentemente na Zona Alvo de Treinamento , independente da idade. Como isso ocorre?Para sentirmos que nosso exercício aeróbio está dentro de uma intensidade segura e ao mesmo tempo estamos adquirindo os efeitos positivos do mesmo, necessitamos mantê-lo dentro desta faixa, 12-16.”

Pois é, mas cá para mim, nestas aulas, eu estou sempre muito próximo do 22 ou até mais... Ou já estou muito “passada” para estas andanças ou então estou aqui enfiada no meio de um grupo que, sob a aparência de uma relativa normalidade, cultiva um requintado sadismo. O que, diga-se de passagem, deve ser extraordinariamente saudável, para eles, claro, uma vez que quanto mais nos queixamos, maior é o sorriso que ostentam bem representativo da felicidade que sentem...
Agora surgem os conselhos, vamos lá.

“Se sentirmos que o exercício está ficando muito cansativo, devemos diminuir a velocidade e intensidade de esforço no exercício e se por outro lado, sentimos que está relativamente fácil, é sinal que devemos acelerar mais ou intensificar mais nossa qualidade de esforço se quisermos obter os benefícios da atividade. Então mãos a obra e ouça seu corpo para obter saúde e segurança !”
“OBS: É importante lembrar que este teste não tem a pretensão de ser infalível por se tratar de uma medida subjetiva. Existem formas mais precisas de se monitorar a F.C como aparelhagens do tipo frequencímetros (ex: pollar) e
métodos manuais”

Dizem-nos para “ouvir” o corpo mas eu, para já, devo confessar que estou completamente mouca. Se calhar ficaria mais descansada com algo menos subjectivo, pelo menos algo que não dependesse de uma classificação baseada no meu juízo (ele é tão pouco).
A verdade é que depois de ler isto percebo um pouquinho melhor a razão de ser de parte dos treinos.
Como vos disse, irei continuar. Dir-vos-ei depois o que se passar.

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