EU, COBAIA (Capítulo I)
Prefácio
Pese embora a analogia formal que se poderá estabelecer entre o título deste poste e o de um “livro” que andou aí pelos escaparates das livrarias e (espantosamente, diga-se) pelas mãos de muita gente, tendo dado até origem a um filme... desiludam-se os mais sedentos de um bom escândalo. Não, não irei aqui desvendar fofoquices escaldantes nem tão-pouco pôr a nu a careca ou qualquer outra parte da anatomia de ninguém.
O facto é que fui convidada para ser “cobaia” num estudo que uma jovem amiga minha está a desenvolver e... aceitei!
Capítulo I
Estava eu a tentar recuperar a respiração e o controle de outras faculdades quase perdidas após uma aula de hidroginástica que frequento em algumas manhãs de Sábado, quando fui abordada pela professora (professora também na faculdade) no sentido de sondar a minha disponibilidade para participar num estudo que fará parte de uma tese de licenciatura de uma das suas alunas e colega minha ocasional dessas aulas.
Após ter conseguido recuperar a faculdade da fala o que sucedeu depois de umas boas golfadas de ar, e de o ruído dos batimentos cardíacos terem deixado de interferir com a capacidade auditiva, procurei inteirar-me em que consistiria a minha participação no referido estudo.
Fui informada de que seria uma coisa simples. Basicamente teria de fazer uma aula, de forma devotada, ligada a uns aparelhos que iriam fazer diversas medições de coisas que não faço a menor ideia. Iria também fazer uma pequena recolha de sangue para analisarem algo que nem imagino o que seja e, o resto do trabalho seria da aluna.
Fácil! Pensei eu. Porque não?
E logo naquele instante, aqui a Sôdonagata, aquiesceu toda lampeira, carregadinha de altruísmo, com vista a dar o jeito à pequena. E, cá para nós, a ver como se processam esses estudos pois ando cá um pouco desconfiada tal é o grau de “tareia” que levo dos diversos professores por quem passo…
Ou seja, foi aí que a Sôdonagata virou “Cobaia”
(continua)
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